1a Edição do Jornal Trabuco

editorial

EXERCÍCIOS DA ESCRITA

É preciso muito sofrimento para escrever bem

(Lobo Antunes, escritor português)


Como fala para este editorial nada melhor que começarmos por apresentar este veículo que manterá diálogo com o leitor. Este é o Trabuco, um jornal produzido pelos alunos do curso de Letras, habilitação Língua Portuguesa e que tem a honrosa missão de servir de porta-voz dos acadêmicos da Faculdade de Letras e Artes – FALA. A primeira edição surge meio acanhada e ao mesmo tempo vigorosa na esperança de que outras ainda deverão vir e, quiçá tornar-se forte o suficiente para um dia neste mesmo espaço editorial exibir sua pujança.

O objetivo deste jornal é através da fala dos acadêmicos servir de espaço para exercício da escrita. Não se propõe a servir de borrão, mas em espaço preocupado em pôr às vistas os lampejos de produção acadêmica e/ou literária destes acadêmicos em consonância de que por aqui muitas vozes emudecem, muitas escritas boas engavetam-se, amofinam e por vezes sucumbem. Propõe-se a ser um espaço construído a partir do conjunto destas várias vozes mostradas nos arcabouços finais do doloroso processo de escrita.

Em sua primeira edição vem constituído por algumas vozes que já ecoaram noutros meios e se reproduzem aqui. Por se tratar duma primeira edição, o pensamento “ser um exercício de escrita” também nos pode ser visto por outro viés, o de que ainda estamos em caráter de labuta nessa produção. Mas se se sofre para escrever bem, conforme a fala do escritor português Lobo Antunes, que soframos, então, no pretexto de que estamos trilhando um percurso audacioso e de grande importância no/para curso de Letras.

Reúnem-se nesta primeira edição as vozes de ensaísta, de contista, de cronista, de poetas e, no centro disso tudo a poetisa Auta de Souza. Ela já recebeu reconhecimentos mais que merecidos de minha parte, quando da apresentação da oficina Auta de Souza in verso e [re] verso na XIV Semana de Letras, ano passado; ainda quando da minha fala em torno de sua obra para outro jornal local e agora reúno nesta edição mais fragmentos do que restou em meio a isso tudo, afinal de contas nunca o objeto literário se esgota.

Resta-nos ouvir essas vozes em sofrimentos da escrita. A edição é nossa.


Pedro Fernandes de Oliveira Neto, sétimo período, Letras, Língua Portuguesa, UERN


SUMÁRIO

letras ao léu

Rememorando Auta de souza, Pedro Fernandes fala sobre a obra da escritora potiguar


in prosa

As vozes da FALA in conto, crônica


ensaio

Lindelillyan Fernandes fala da obra do escritor potiguar Jaime Hipólito


Di versos

Livros, cinema etc .e tal.


sarau

a poesia de Ângela Rezende, Ana Cely Menezes, Pedro Fernandes e Monick Munay