Editorial
BONS DIAS, CARO LEITOR!
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é um daqueles livros da literatura brasileira mais comentados e mais lidos. Ele é o resultado dum amadurecimento da escrita de um escritor que não se fez o ícone que ainda o é, da noite para o dia. Machado começa como aprendiz de tipógrafo, passa pela poesia, seu primeiro gênero digno de publicação nos jornais da época, depois por cronista até tornar-se romancista.
Uso do tom intimista machadiano e abro o editorial dessa segunda edição do Jornal Trabuco falando do escritor por um motivo simples: em setembro próximo a literatura brasileira celebra o centenário do escritor brasileiro e isso não pode passar despercebido aos olhos das letras, mesmo que já seja Machado consagrado e imortalizado nesse terreno. Por isso essa segunda edição do Jornal Trabuco publica ensaio não sobre Memórias póstumas, mas sobre O Alienista, um dos contos que assim como o romance é um dos mais famosos do escritor que dentre os gêneros já citados, também se destacou e, muito bem nesse gênero.
Na capa da segunda edição fizemos questão de exibir uma trabuco. Devido às muitas perguntas feitas em torno do nome do jornal quando do lançamento da primeira edição. Se é um nome que incita à violência? É sim. E a arma está na capa de prova. Mas uma violência de idéias boas e literatura em amadurecimento. Também a capa e algumas páginas desta edição vêm ilustradas com uma pitada do escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro, mais um dos nossos que ganha o Nobel da Literatura de Língua Portuguesa, o Camões, arrebatado pelo conjunto da obra em 26 de julho passado.
Além disso, a segunda edição traz outras novidades. Numa edição mais ampliada – um rearranjo do jornal – traz o investimento de outras leituras e mostra novas caras que colaboraram com material para compor esse corpo que, como já sabemos, não nasce sozinho, tem a necessidade de várias mãos que atuem como deuses para darem sopro a sua existência.
Somam-se, destarte, às vozes que já conhecemos na primeira edição, as vozes em ensaio de Edgley Freire, em crônica de Emerson Alves, em poemas de Luciana Brito, Amós, Adalberto, Bruno Leite. No novo espaço, Traduções, acomodam-se as traduções do poeta peruano Cesar Vallejo por Marco Antonio C. Vasquez. Isso tudo nessa edição.
Boa leitura!
Pedro Fernandes de Oliveira Neto
Aluno do 8o período do curso de Letras, língua portuguesa, UERN
PRIMEIRAS PALAVRAS
Edgley Freire debate sobre o Metatexto
LETRAS AO LÉU
Pedro Fernandes fala do conto O alienista de Machado de Assis
IN PROSA CRÔNICA
Emerson Alves e Ângela Rezende
SARAU
Os versos e a poesia de Luciana Brito, Adalberto Jr. , Fernanda Pontes, Amós de Souza, Bruno Duarte
TRADUÇÕES
Versos traduzidos por Marco Antonio C Vasquez do poeta peruano Cesar Vallejo
Di versos
Na estante de livros , livros; na filmoteca, filmes e resenha de Chega de Saudade por Ângela Rezende
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Em breve estaremos disponiblizando no Blog o conteúdo da primeira e dessa edição. Aguardemos.